A taxa de desemprego surpreendeu os economistas que previam nível de 6,74% a 7,3% em agosto, e caiu de 6,9% em julho para 6,7% no mês passado, o melhor resultado mensal desde o início da série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março de 2002. Tradicionalmente, as menores taxas eram registradas em dezembro. “O viés para o quarto trimestre é mais otimista: não devemos nos surpreender se a taxa no final do ano romper para baixo a faixa de 6%, podendo se situar em 5,8%”, disse o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho. Em dezembro de 2009, por exemplo, a taxa havia sido de 6,8%.
Na média de janeiro a agosto, acrescenta o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, a taxa é de 7,2%, também a menor para o período da série histórica e inferior à média registrada de janeiro a agosto de 2009 (8,5%). “Há um conjunto de dados com resultados muito positivos”, disse ele.
Em agosto, explica Azeredo, a taxa caiu pois o número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) recuou com as vagas geradas no mercado de trabalho. Em relação a julho, o número de ocupados aumentou 0,5%, com a geração de 115 mil vagas “É um número a ser comemorado”, disse. Na comparação com agosto do ano passado, a ocupação aumentou 3,2%, com a geração de 691 mil vagas. O número de desocupados caiu 2,6% em agosto ante julho (menos 43 mil pessoas) e teve queda de 15,3% (menos 289 mil pessoas) ante agosto de 2009, mas ainda soma 1,6 milhão de pessoas nas seis principais regiões metropolitanas do País.
Segundo o IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores subiu 1,4% em agosto em relação a julho e registrou alta de 5,5% na comparação com igual mês do ano passado. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil totalizou R$ 32,9 bilhões em agosto, com alta de 1,8% em relação a julho e aumento de 8,8% em relação a agosto do ano passado.
Fonte:DComércio